quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PALAVRA


Não escrevo para agradar,
nem para defender princípios.


Palavras jorram,
pedindo rio,
virando mar.


Vem do alto, e de dentro, brotam.
Como água surgindo de abissal lençol,
ou inseto subterrâneo,
que luta para vir à luz e se tornar em canto e vôo.


Não crio água,
quiçá seja terra;
que filtra, dá passagem, sabor, som e luz.


Não crio palavras,
Sou coração, mente e boca,
de onde saem rios em direção aos quatro pontos cardeais.


Depois de mim
a palavra - água e semente,
precisa cair em terra boa,
para então brotar, criar vida e dar bons frutos
eternamente.

2 comentários:

  1. Ana,

    Através de seus poemas, posso conhecer um pouco mais de você, ver além da cerca que nos separa!
    Você e suas palavras são muito especiais
    Continue escrevendo muito. O mundo carece de boa leitura.
    Com carinho
    Eliana

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  2. ADOREI!!!
    Posso fazer uma música pra essa?
    Zé Namen

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